The Post

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Biografia, Drama 115 min 2017 M/12 25/01/2018 EUA

Título Original

Sinopse

Um "thriller" político que recorda a posição assumida por Katharine Graham, proprietária do "The Washington Post", quando o Governo de Nixon tentou impedir o jornal de prosseguir a publicação de uma extensa e ultra-secreta documentação sobre o envolvimento norte-americano na Guerra do Vietname que Daniel Ellsberg, um funcionário do Pentágono, fizera chegar clandestinamente à imprensa. O braço-de-ferro entre a Casa Branca e a imprensa desembocou numa histórica decisão do Supremo Tribunal, que considerou inconstitucionais os mandados emitidos para impedir a publicação dos documentos, autorizando os jornais a prosseguirem a sua divulgação. Aprovada por seis juízes, com os votos contra de outros três, ainda hoje a sentença tem sido interpretada como uma meia vitória que não protege decisivamente os "media" contra a invocação do argumento da segurança nacional.
Com realização do veterano Steven Spielberg ("Os Salteadores da Arca Perdida", "E.T. - O Extra-Terrestre", "Império do Sol", "A Lista de Schindler", "Apanha-me Se Puderes", "Lincoln"), segundo um argumento de Liz Hannah e Josh Singer, conta com Meryl Streep e Tom Hanks nos principais papéis. Sarah Paulson, Bob Odenkirk, Tracy Letts, Bradley Whitford, Bruce Greenwood, Carrie Coon e Matthew Rhys assumem as personagens secundárias. PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Funcionário público

Jorge Mourinha

Contra a “teoria dos autores”, Spielberg esconde-se como “tarefeiro de estúdio” por trás de The Post. Fica-lhe bem

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A liberdade de imprensa é filme de época

Vasco Câmara

Um gesto político de Spielberg — a silhueta de Nixon em The Post “é” Donald Trump —, algo que lhe escapou no seu tempo? Para se pôr de acordo com este tempo, hoje, ele utiliza o cinema dos 70s. Isto é, continua em dificuldades expressivas perante o “real” e atrapalha-se para forjar uma voz.

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Os jornalistas não são os homens do Presidente

Luís Miguel Oliveira

É um filme de combate, que Spielberg montou em velocidade recorde, a contar com a agressividade que a actual Administração manifesta para com a imprensa. Mas o guerrilla filmmaking não é o forte de um cineasta tão “institucional” como Spielberg.

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Críticas dos leitores

5 estrelas

Maite Almasqué

O mundo tem que saber todos estes terríveis segredos que ocultam os governos. Spielberg mais uma vez... magistral!. Escolheu bem Meryl Streep e Tom Hanks.
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Bons tempos de tempos maus

JR

Mais um excelente filme com a assinatura do mestre Spielberg. A crescente adrenalina para uma tomada de decisão que irá ter reflexos em tudo e em todos, trespassa o ecrã como uma onda, atingindo os espetadores que, embora quase todos já conheçam a decisão final e as consequências que daí advieram, sentem essa pulsão como se também eles fizessem parte da história. E esta, chamemos-lhe osmose cinematográfica , só está realmente ao alcance dos grandes realizadores.Tom e Meryl conseguem, também eles e mais uma vez, serem quase perfeitos no desempenho dos seus personagens. Depois a nostalgia de um jornalismo e de uma maneira de escrever notícias e fazer jornais que nos nossos tempos, de novas tecnologias e descarados desrespeitos, onde muitas vezes a calúnia e o descontexto imperam, e as fontes foram ultrapassadas pelo extrato bancário. O filme fala de um tempo mau em que se procurava silenciar a verdade. Hoje a liberdade existe e a verdade já não é calada, mas o tempo mau persiste fazendo muitas vezes dessa verdade a mentira que não devia ser dita ou escrita
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The Post

Rosa Maria Teixeira

É um filme que se baseia numa história verídica, pois relata-nos um dos acontecimentos muito falados e, chocantes da época de Nixon, que foi o caso dos documentos secretos "pentagono papers" sobre a guerra do Vietname e, da sua relação com os media. As interpretações de Maryl Streep e Tom Hanks, são boas. Os cenários são perfeitos. É curioso, como hoje em dia, ainda haja conflitos entre os media e o poder politico...
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Reader's Digest

Luís Telles

Fiel a si próprio, o sr Spielberg apresenta uma versão Reader's Digest de “Os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula. Como filme para adultos é risível, mas talvez funcionasse como animação: Tom Hanks, um letárgico urso Balu; Meryl Streep uma Mother Goose emproada.
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Tiragem fraca...

Pedro Brás Marques

A grande virtude de «The Post» é o extraordinário mergulho na memória que proporciona ao espectador. Dum tempo em que os jornais eram uma realidade diária, dum tempo onde a comunicação social se regia por valores e princípios e não se vergava ao poder instituído, dum tempo onde o jornalismo se movia por causas e não por meros interesses circunstanciais. <br /> <br />O cenário é o dos «Pentagon Papers», uma série de documentos secretos fotocopiados por um analista do Pentágono que os forneceu à imprensa, primeiro ao “New York Times” e, depois, ao “Washington Post”. O filme acompanha o que se passou, ao nível da redacção e da direcção, neste último – o primeiro tem vindo a queixar-se de que o filme devia era chamar-se “The Times” e não “The Post”… Com efeito, a “cacha” surge num momento delicado da vida do “The Washington Post”, que além de se preparar para avançar para a Bolsa, tem a proprietária Kay Graham, recentemente viúva, confrontada com um Conselho de Administração algo receoso e até renitente em relação à sua capacidade para o cargo. Como se já não fosse pouco, a Administração Nixon tinha acabado de conseguir com que o Tribunal Federal impedisse o “New York Times” de continuar a publicar mais notícias acerca dos tais documentos desviados. Uma tempestade perfeita para Kay atravessar. <br /> <br />A rotativa de «The Post» demora tempo a aquecer. Até chegarem os “Pentagon Papers”, a acção arrasta-se, já que a preocupação é a de mostrar o que se passava no interior da empresa, nomeadamente as relações com o poder, as cumplicidades antigas com os políticos e, claro, para dar a conhecer os diversos estratos de decisão dentro do jornal. Depois, tudo se torna mais definido e concreto, em direcção ao desfecho final. Um filme claramente a duas velocidades, sem que se veja qualquer utilidade nisso. O tema é conhecido e a questão de fundo, a liberdade de imprensa vs. decisão judicial acaba por se resolver quase em tempo record e sem que seja desenvolvida ao nível argumentativo. Mesmo a tomada de decisão de avançar, ou não, por parte de Kay, surge já bastante tarde <br /> <br />Um filme de Steven Spielberg é praticamente “à prova de bala” no que à parte técnica diz respeito. Além duma realização “by the book”, com os seus habituais grandes planos de faces iluminadas, sem esquecer a banda sonora ou a fotografia académica, tudo está perfeito, polido, como num restaurante com dezenas de anos a servir clientes. E o problema é esse. Tudo demasiado rígido, previsível e quase mecânico, até mesmo as recorrentes interpretações “sofridas” de Meryl Streep ou a habitual confiança “liberal” de Tom Hanks. Mesmo Spielberg, agora que enveredou por temas mais políticos do que fantásticos, está “aborrecido”, sem chama, sem energia… Onde o “The Post” realmente brilha é na reconstituição desses tempos em que a informática nem uma miragem sequer era ainda e onde tudo se fazia “à mão”: o correio interno processava-se por tubos pneumáticos, a impressão tinha primeiro de passar pelos lendários linótipos e as rotativas eram do tamanho de comboios… Hoje, como é sabido, tudo é mais fácil e rápido. Mas todo aquele tempo, todo aquele ritual contribuía para uma sacralização não só do objecto como da própria concepção e produção do jornal. Hoje, como é pacífico, somos todos jornalistas e fotógrafos…
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2 estrelas

José Miguel Costa

O novo filme de Spielberg, "The Post", um clássico triller jornalístico (de época) baseado numa história verídica (e consequentemente com "o seu quê" de documental), tem todos os ingredientes deste género cinematográfico inseridos de forma "certinha" (demais). <br /> Centra o seu acto narrativo nos primórdios da crise política da presidência de Nixon, provocada pela publicação nos jornais de documentos governamentais ultra-secretos que expuseram perante o povo americano as cúpulas do poder que incitaram a guerra do Vietname, mesmo sabendo de antemão não passar de uma batalha perdida, tendo por base critérios obscuros. <br /> <br />Falta-lhe uma verdadeira tensão e suspense (ficando sempre a "meio-gás" - e estou a ser simpático!), o que poderá explicar-se, em parte, pelas frequentes quebras de ritmo (o pressuposto "crescendo dramático" encontra-se quase ausente) e por ser tudo "trocadinho por miúdos", não dando asas à nossa imaginação no que concerne, por ex., a conspirações ocultas (para já não mencionar o canastrão do Tom Hanks, o - pseudo - herói que não imprime veracidade ao enredo - já de si demasiado linear e positivo). <br /> Escapa-se a Meryl Streep (pela qual nutro uma infundada embirrancia), possivelmente, o único aspecto positivo desta película (pelo que se não fosse a sua santíssima trindade hollywoodesca nem sequer teria impacto mediático) . É certo que também não posso desvalorizar o estarmos perante uma obra quase panfletária, que utiliza um caso do passado para indirectamente criticar o presente, mais concretamente as tentativas de pressão do Trump sobre a "imprensa independente" (e isso por si só é obra!), todavia, não se afigura suficiente para considerá-la pouco mais que um produto de "série B".
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Jornalista: consciência de um país

Raul Gomes

Num tempo de fake news, dizer a verdade é um acto revolucionário - Orwell dixit. Felizes dos que ainda podem assistir no mesmo filme a Lady Meryl e Lord Hanks a interagirem, numa interpretação simplesmente fabulosa. Assim até parece fácil a composição de ambos, mas realçando a integridade, a força e o querer do melhor para a nação, mesmo em detrimento da sua segurança física e financeira. Um case-study que deverir servir de exemplo no tempo actual. Bem coadjuvado por Bob Odenkink, mostra-nos um filme magistral, que nos remete para a lembrança dos Homens do Presidente, filme a rever urgentemente, bem assim como bem sublinha os últimos frames deste filme. Ele deverá tornar-se a consciência de uma América depauperada por fake news, e que não será uma coincidência, nem se deve deixar que isso aconteça, pelo contrário, um amanhã melhor. Podemos ser conservadores ou democratas, mas temos que ser essencialmente patriotas. Este filme é passado nos anos 70, mas podemos facilmente transportá-lo para 2017 e esperar que, cada dia se passe a questionar as falsas notícias, a desmontá-las e a abrir-nos um horizonte risonho. Uma chamada de atenção para a montagem, cenários e diálogos fabulosos que nos colocam no cerne do filme.
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