"Até Nunca", a nova película de Benoît Jacob, produzida por Paulo Branco, rodada integralmente em Portugal, é a história de um obsessivo amor à primeira vista, que sobrevive para além da morte de um dos seus intervenientes, através das memórias do curto período de vivência em comum. Grosso modo, resume-se a uma espécie de delírio psicótico sobre a continuidade de um romance de uma jovem solitária com um fantasma, num registo monótono e com desenvolvimentos narrativos quase nulos, que se vai tornando gradualmente entediante. Todavia, admito que, graças à sua estranha singularidade, bem como pela performance da dupla de personagens detentora de uma forte intensidade dramática, venha a ser um filme que aprenderei a respeitar após o devido distanciamento temporal.