Ela

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Drama, Thriller 130 min 2016 M/14 17/11/2016 ALE, FRA, BEL

Título Original

Elle

Sinopse

Michele (Isabelle Huppert) é uma mulher forte e determinada que sempre soube o que fazer à sua vida. A sua forma de ser tanto se aplica aos afectos como às responsabilidades enquanto chefe-executiva de uma grande empresa. Um dia, é atacada e violada por um homem mascarado, na sua própria casa. Em vez de chamar a polícia ou entrar em desespero, Michele limpa os estragos, toma banho e arquitecta um plano de vingança. Entre ela e o criminoso dá-se então início a um perigoso jogo de perseguição que depressa fica fora de controlo.
Inspirado no romance "Oh…", escrito, em 2012, por Philippe Djian, um "thriller" psicológico que marca o regresso à realização de Paul Verhoeven ("Delícias Turcas", "Robocop - O Polícia do Futuro", "Soldados do Universo", "O Homem Transparente", "Livro Negro"). PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

À medida de Isabelle Huppert

Jorge Mourinha

O regresso em grande do provocador holandês Paul Verhoeven apenas pode existir, em todo o seu humor negro e sugestiva perversão, porque tem Isabelle Huppert no papel principal.

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O action movie contemplativo de Paul Verhoeven e Isabelle Huppert

Vasco Câmara

Paul Verhoeven “isabelle-hupperta”. É a lenta mas persistente vertigem do extático Elle/Ela: uma actriz abandona-se ao seu realizador para, finalmente, o dirigir – transformando-se ela no princípio da mise-en-scène.

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Críticas dos leitores

Excelente

Fernando Ventura

Só mesmo quem for muito limitado em termos cinematográficos, quem não viu o filme ou quem não entendeu enquanto um excelente thriller, uma história desconcertante em termos de suspense e mistério, soberbamente realizado por Pau Verhoeven, magistralmente interpretado por Isabelle Huppert, para vir para aqui debitar verborreia criticando de forma gratuita e ignorante. Um filme a não perder.
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Inverosímil e banal

João Luz

Um filme americano num ambiente francês, com uma boa performance da protagonista. <br />O filme evoca, pelo ambiente de trabalho, pelos e-mails misteriosos, e pela recordação de uma cena de cariz sexual, Disclosure (Revelação) de 1994, com Michael Douglas e Demi Moore. É igualmente banal. <br />Vale por algumas tiradas cómicas. <br />Esperava muito mais.
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A marca Huppert

Rui

Huppert, mais do que uma atriz, é uma marca. É difícil imaginar esta mulher num papel "normal". Em "Ela", repete-se o tom absurdo dos seus papéis. <br /> <br />Uma película estúpida e sem sentido, com uma personagem principal que é uma total "deixa andar".
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5 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Eis que o pai do "Instinto Fatal" e do "Robocop", inesperadamente, presenteia-nos com "Ela", um dos grandes filmes do ano, que nos “manipula” desde o primeiro até ao último segundo da sua exibição, quer por nunca conseguirmos traçar em definitivo o rumo que a história irá seguir (devido às constantes curvas e contra-curvas do argumento), quer por ser quase impossível descortinar as suas deliciosas personagens ambivalentes (sobretudo, a Isabelle Huppert que, como sempre, encanta no papel duma mulher dura, desconcertante, perversa, misteriosa, psicótica e, apesar de tudo, estranhamente “funcional” – que por ser detentora de inúmeras “máscaras” nunca dá a conhecer a sua verdadeira face). <br /> <br />A fantástica narrativa, que tem início com uma cena de violação (e tudo irá girar em torno deste evento), é desafiadora e meticulosamente “costurada numa autêntica manta de retalhos”, de tal modo que torna-se difícil rotular este "Ela", que oscila divertidamente (sim, o filme “usa e abusa” do humor ácido/grotesco/sarcástico) entre o drama, o suspense e o thriller numa espécie de perturbante parábola absurda/mórbida às relações familiares e de amizade, bem como, às convenções da sociedade moderna.
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Uma actriz enorme

Nelson Faria

"O que está para vir", "A pianista", "Elle": bastam estes três trabalhos de Huppert, entre as dezenas que efectuou ao longo da sua carreira, para a definir como uma enorme actriz. Enche sempre o ecrã ofuscando tudo e todos à sua volta. Neste filme, talvez não minorize o soberbo gato - bem posto em cena. Dois seres que se olham. Momento fabuloso de Verhoeven. Como salientou o leitor Brás Marques. <br /> <br />Huppert foi actriz de Haneke. Nem todos estão à altura de trabalhar com o austríaco. Um grande salto na sua carreira, depois de Chabrol. <br /> <br />Com Naneke e Verhoeven (finalmente começa a ser valorizado) Huppert interpreta personagens de comportamentos desviantes; com Hansen-Love é uma mulher de grande solidez. <br /> <br />Que maior elogio se pode tecer, acerca de Huppert, quando Verhoeven diz:"Vi-a acontecer e filmei. É absolutamente único sentir perante um actor que qualquer coisa que se lhe diga diminui a sua performance"? ("Ípsilon", de 18/11/2016, Vasco Câmara). <br /> <br />Um filme bem trabalhado por Verhoeven. Excelente.
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O ser pleno (contém spoilers)

Pedro Brás Marques

Quem é “ela”? Ela é Michele, uma mãe, uma filha, uma amante, uma profissional plena de confiança, mas com alguns problemas mal resolvidos. Um dia, dá-se um acontecimento que vai alterar todo o seu diálogo com o Mundo: é violada. <br /> <br />Ao contrário do que seria de esperar, Michele não procura socorro, não denuncia à polícia a violência de que foi alvo e só mais tarde confessa, serenamente, a situação a alguns que lhe são mais próximos. A partir daquele momento fracturante, gera-se um jogo em que os opostos lutam dentro de Michele. A situação repugna-a, mas também a atrai. Ela sentiu ódio, mas também prazer. No fundo, aquela dualidade já existia, mas estava anestesiada. Porque, na verdade, é com esta dualidade que ela tem vivido, entre a brutalidade e a manipulação, entre o hedonismo e a culpa. Gosta da mãe mas humilha-a por via do gigolo a quem esta paga. Tem uma relação amorosa com o marido da sua melhor amiga. Adora o filho mas mostra desprezo pela futura nora. Dirige uma empresa criadora de jogos de vídeo para adolescentes, mas todos eles plenos de violência. Engraça-se com a jovem, bela e loira vizinha, mas o seu objectivo é flirtar descaradamente com o marido. A fonte de toda esta perversão virá, porventura, do pai, um católico ultra-ortodoxo que, um dia, resolve matar 27 pessoas no bairro onde viviam. Tudo vai rolando até ao momento em que Michele descobre quem foi o violador, na altura em que este volta a atacá-la. A partir dali, tudo se modifica em Michele, libertando-a desta prisão a preto e branco, levando-a assumir as cores, a enfrentar a verdade, atingindo a plenitude e harmonia com o Mundo, tornando-se final e verdadeiramente em “ela”. <br /> <br />O filme funciona porque houve aqui um encontro especial, entre uma actriz e um realizador que se refastelaram toda a sua vida criativa da fonte da psicopatia. De um lado, Isabelle Huppert, uma actriz que não se coíbe de se expor desta forma impúdica e louca. Não é preciso citar muitos dos seus filmes. Recordaria dois: “Ma Mére”, de Christophe Honoré, com a sua composição duma mãe envolvida numa vertiginosa relação incestuosa com o filho, e o extraordinário “A Pianista”, de Michael Haneke, onde ela dá vida a uma personagem subtilmente diabólica, capaz de magoar os outros e a ela própria. Não deve haver muitas actrizes a aceitarem este tipo de personagens e ainda bem, porque é mais uma oportunidade para apreciarmos aquela que é, provavelmente, a melhor actriz da actualidade. Fosse ela americana e já tinha mais Óscares do que Meryl Streep… E depois há Paul Verhoeven, muito para lá da aventura hollywoodesca de há duas décadas, onde a sua estética não foi muito bem digerida, apesar de grandes sucessos nos anos 90 do século passado, como “Instinto Fatal”, “Desafio Total” e “Starship Troopers” e de curiosos objectos quase lendários como “Showgirls”… Mas a sua imagem de marca já vinha de trás, um cruzamento muito pessoal de violência e sexo, muitas vezes à beira do gore e da pornografia. Por isso, por este prazer pelo perverso e pelo limite que o caracterizam, tornaram perfeita a sua escolha para dirigir “Elle”. <br /> <br />E é precisamente esta feliz conjugação da “actriz ideal” para interpretar Michele, do “realizador ideal” para filmar o livro “Oh” de Philippe Djian que tornam “Elle” uma obra singularmente homogénea e um dos grandes filmes de 2016. Uma obra rica em significados e simbolismos, como aquele gato negro que assiste, impávido, à cena de violação. Não foi à toa que Inocêncio VIII, no século XV, os incluiu como seres a serem perseguidos pela Santa Inquisição…
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A insustentável leveza de Isabelle

Sérgio Castro

Filme negro, pujante e sádico, soberbamente interpretado por Isabelle Hubert e com uma realização superior de Paul Verhoeven. <br />Subjacente a uma brutal violação (cena inicial do filme) vai-se desenrolando um thriller psicótico e sádico em torno de Michelle que numa atitude niilista e fria, vai tecendo, com inteligência superior, a sua teia de vingança, enquanto simultaneamente, vai usufruindo de um prazer mórbido e sádico da sua posição de "vítima". <br />Filme portentoso sobre o universo feminino nos seus mais íntimos e recônditos segredos.
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Animação humana...

Rita Bauer

O filme retrata numa perspetiva teatral a história de dois psicopatas que encontram harmonia quando se dedicam à busca de um prazer letal alheio a qualquer sentimento, seja culpa, afeto ou até mesmo dor física. <br />Um retrato da existência humana dos nossos tempos, afinal bem mais comum que o esperado ou desejável...
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Ganha fama...

Luis

...e deita-te a dormir! <br />Até lhe poderiam dar 10 estrelas ou Óscares... mas não recomendo.
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Excelente!

Luis Filipe da Silva Sousa

Duas horas de bom cinema.  Mais uma vez o cinema francês surpreende.
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