O Cavalo de Turim

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Drama 146 min 2011 M/12 14/06/2012 ALE, HUN, FRA, SUI

Título Original

The Turin Horse

Sinopse

Turim, 3 de Janeiro de 1889. O filósofo Friedrich Nietzsche sai de casa. Ali perto um camponês luta com a teimosia do seu cavalo, que se recusa a obedecer. O homem perde a paciência e começa a chicotear o animal. Nietzsche aproxima-se e tenta impedir a brutalidade dos golpes com o seu próprio corpo. Naquele momento perde os sentidos e é levado para casa onde permanece em silêncio por dois dias. A partir daquele trágico evento Nietzsche nunca mais recuperará a razão, ficando aos cuidados da sua mãe e irmãs até ao dia da sua morte, a 25 de Agosto de 1900. Partindo deste evento, o filme tenta recriar o percurso do camponês, da sua filha, do velho cavalo doente e a sua existência miserável.<br />O filme, realizado pelo húngaro Béla Tarr ("Sátántangó", "Perdição", "O Homem de Londres"), foi o vencedor do Urso de Prata - Grande Prémio do Júri no Festival de Berlim em 2011 e é, segundo as palavras do realizador, o filme que encerra a sua carreira. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

História universal da escuridão

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Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Sublime!

José Couto

Fiz 300 km para ir ver este filme de 30 planos e posso afirmar que, depois de o ver/ouvir/sentir, valeu absolutamente cada quilómetro percorrido e cada minuto ansiado: uma experiência sensorial inolvidável, que tive a sorte (e o supremo prazer) de reeditar no cineclube de Tavira. Um filme único, para rever sempre.

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Resposta ao EC

Daniel

Caro EC. Essa tradução está longe de ser fiel à entrevista original.


H2N: The thing I'm most curious about is the neighbor's monologue, what he said in that monologue-I mean I think it speaks for itself, but the reaction of the man in the film is "Rubbish!" and I wonder if someone had said all that to you what would your reaction have been?

BT: No, you know it's-if you go to the next bar and you could feel the people, and you can see how when they are drinking, or how they are telling their own monologues-this is just a point of view. This is someone's monologue who just needs some spirit, he's just coming and waiting for his bottle and during all this time he is talking talking talking talking, like someone in the next bar, you know, and that's simple; nothing more, and of course the people are in the bar, and the alcoholic people they are talking always about serious things.

H2N: But he does make some interesting points.

BT: Ah it's something that's interesting of course-if he says we made everything dirty, if we touch something it becomes dirty, you know this is really something, but I do not want to judge, to tell you this is serious or not. It's up to you.

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Resposta ao EC

Daniel

<p>Caro EC. Essa tradução está longe de ser fiel à entrevista original. <br /><br /><br />H2N: The thing I'm most curious about is the neighbor's monologue, what he said in that monologue-I mean I think it speaks for itself, but the reaction of the man in the film is "Rubbish!" and I wonder if someone had said all that to you what would your reaction have been? <br /><br />BT: No, you know it's-if you go to the next bar and you could feel the people, and you can see how when they are drinking, or how they are telling their own monologues-this is just a point of view. This is someone's monologue who just needs some spirit, he's just coming and waiting for his bottle and during all this time he is talking talking talking talking, like someone in the next bar, you know, and that's simple; nothing more, and of course the people are in the bar, and the alcoholic people they are talking always about serious things. <br /><br />H2N: But he does make some interesting points. <br /><br />BT: Ah it's something that's interesting of course-if he says we made everything dirty, if we touch something it becomes dirty, you know this is really something, but I do not want to judge, to tell you this is serious or not. It's up to you.</p>
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O CAVALO DE TURIM de Béla Tarr

Vasco Ferreira Campos

<p>"O Cavalo de Turim", de Béla Tarr<br />Aqui não há um cavalo a correr pelo meio da floresta, com o som de um piano de fundo a sugerir algum lirismo ou qualquer coisa para esquecer no dia seguinte, mas a história de uma família (pai e filha) e a sua dependência de um cavalo numa terra árida e hostil. Cinco dias de sequências/planos num crescendo de pessimismo existencial. No exterior da casa há um vento devastador que adensa o esforço e o sentimento da pequenez humana perante a vontade da natureza. A terra e tudo em redor não é mais que pó e folhagem seca arrastada pelo vento, como as palavras dos breves diálogos entre pai e filha. Planos-sequência de dias inteiros, carregados de pessimismo e sem uma luz de esperança. No interior, há som do vento que vem de fora e as imagens (como há muito não via) são precisas como facas quando nos cortámos - descrevem movimentos interiores como se de um ritual se tratasse. Quando o cavalo adoece e deixa de comer, também a família vai desistindo, em silêncio. A decadência física do pai coincide com o desaparecimento da água do poço. Há mesa, rosto com rosto e não se vêem - porque a escuridão e oxigénio é a mesma coisa quando respiram.</p>
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Um comum mortal

EC

<p>Para todos aqueles críticos que dizem que vêem coisas no filme que "o comum dos mortais" não vê, aconselho-os a ler a entrevista do realizador dada ao Público. Felizmente, um realizador que também é "um comum mortal". Eis um exemplo.<br /><br />Pergunta: "Há uma cena, a do monólogo do homem que vem à procura de palinka [aguardente húngara], que tanto parece aludir a Nietzsche ["não há bem nem mal", "não há deus nem deuses"] como, difusamente, a um estado político ["adquirir e degradar, degradar e adquirir"]. É fácil encontrar um sentido político para o monólogo..."<br /><br />Resposta: "É só conversa de bêbedo. Foi Laszlo [Krasznahorkai] que escreveu o monólogo, e é o tipo de filosofia que podemos ouvir se entrarmos num bar ou num café. Há sempre um tipo a dizer coisas destas para quem o quiser ouvir."</p>
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Bestas de Carga

J.F.Vieira Pinto

<p>Com o animal doente, pai e filha passam a ser as verdadeiras bestas de carga. E, pelo 6º. dia, nem água e lume haverá para cozinhar as parcas batatas que constitui a dieta alimentar destes dois "seres vivos".<br /><br />Terá sido feito em apenas 30 planos, e com um único tema de fundo: a música de Mihâly Vig, "O Cavalo de Turim" é indubitavelmente uma obra poética que nos transporta para outros tempos, físicos e existenciais.<br /><br />Promete desde já, ser um dos melhores filmes do ano.<br />Sensível e com uma bela fotografia, é uma obra - sim é este termo adequado - absolutamente imprescindível para os amantes do bom cinema. Pena que Béla Tarr seja um ilustre desconhecido por estas bandas - nada extraordinário -, tendo em conta a distribuição de cinema europeu no nosso país!</p>
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Maravilhoso, mas...

José

<p>É um filme de eleição. É cinema puro. É a sétima arte no seu maior esplendor no seu maior esplendor.<br />De qualquer forma não aconselharia o IPC a subsidiar qualquer obra deste tipo que se viesse a fazer em Portugal. Porquê? É simples: são filmes para elites, que "não chegam" à esmagadora maioria dos contribuintes. Não seria justo obrigá-los a pagar uma refeição que não têm possibilidades de saborear. Quem gostar que pague.</p>
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Aver

André

Excelente filme para quem gosta deles sem pipocas. A fotografia é um espanto.
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Maria Maria...

Maria Stahl

<p>Oh Maria Silva, nem sequer de é de ângulos diferentes! ... São exactamente os mesmo ângulos, a dimensão do plano é que é diferente. Tchhh...<br />E, se achou dispensável, para a próxima informe-se bem antes de ir ver. Agora com os Youtubes e vimeos e coiso conseguia ter uma ideia da estética e sensibilidade do autor. Uma coisa é certa, com pipocas não dá...</p>
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Maria Silva

Maria Silva

<p>Filme dispensável a não ser que se queira ver uma repetição interminável das mesmas cenas! (de ângulos diferentes, é certo...).</p>
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