Esse filme é maravilhoso e muito interessante.

O filme foi muito bom. Gostei de ver.

Fantástico, incomodativo na primeira metade e tecnicamente perfeito, este filme junta terror com uma realização feita para o espectáculo cinematográfico. O resultado é absolutamente brilhante e quem diz mal deste filme, que me desculpem os dois críticos do PÚBLICO que lhe atribuíram uma estrela, jamais perceberá que um bom filme não tem necessariamente de ser profundo nem tem necessariamente de ser uma história de grandes interpretações. O cinema é também (senão em primeiro lugar) um espectáculo visual, feito para o espectador, e este filme é disso um excelente exemplo. Para os amantes do género, imperdível!

Depois do excelente "Haute Tension", Alexandre Aja oferece-nos de novo um grande filme de terror. Desta vez, é um "remake" de "The Hills Have Eyes" de Wes Craven, segundo filme do realizador, realizado depois do clássico "The Last House on the Left". Estes filmes, juntamente com a obra-prima "The Texas Chainsaw Massacre", de Tobe Hooper, tornaram-se nos pilares do género na década de 70. Nestes últimos anos, tornou-se uma moda fazer "remakes" de filmes de terror, desde os de "zombies" do Romero aos de "Asian horror". Parece que as ideias acabaram. A grande maioria de baixa qualidade encheram as salas de cinema. Este, ao contrário dos outros, supera o original. Alexandre Aja é certamente um melhor realizador que Wes Craven. Ele é mestre em recriar a selvajaria na violência. Quem viu o "Haute Tension" lembra-se certamente disto ao ver por exemplo o corte do pescoço da vítima em que se olha a nu para a ferida e para os olhos da vítima quando uma espectadora aterrorizada se encontra de frente para ela por dentro do armário (inspirado no Halloween).<BR/><BR/>O "gore" neste filme aparece sem tabus, mostrando tudo. Este filme suplanta em tudo o filme original, excepto numa coisa: a vingança selvática na última cena do filme de 77 não foi recriada. E foi essa cena que mais me marcou nesse filme. Mas este filme é certamente o melhor do género neste ano. Que venham mais do Alexandre Aja porque eu estou sedento de sangue pelo próximo.

De grande qualidade técnica, a premeira parte do filme chega a perturbar nalgumas cenas, onde a vontade do espectador é quase entrar em cena para dar uma mãozinha àquela família perante a impotência dos mesmos na luta contra aqueles monstros. A segunda parte chega a dar para rir, onde o herói - com cenas à Tarantino - procura a vingança numa lógica dente por dente. É o espectáculo do cinema!